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Qual é a vantagem de viver INFELIZ?

  • Foto do escritor: Psicóloga Beatriz Job
    Psicóloga Beatriz Job
  • 5 de set. de 2024
  • 3 min de leitura

O que faz uma pessoa permanecer dentro de uma realidade mesmo quando não há mais felicidade? Porém, não há felicidade aos olhos de quem? Ou melhor dizendo... o que será que seu inconsciente enxerga de benefício que faz a sua consciência se paralisar ou até negar essa situação?



Enquanto esse benefício se manter oculto e não for reconhecido pela sua consciência, você não será capaz de avaliar se de fato é uma vantagem ou não continuar vivendo as coisas da forma como estão! Ou seja, os motivos que levam as pessoas à construírem e/ou manterem lares, relações e outros projetos de vida ruins são, na maioria das vezes, inconscientes. Vamos entender melhor sobre:


Uma das possibilidades para essa situação acontecer é porque todo ser humano tem a necessidade emocional de “pertencer”. E tal necessidade poder ser um ponto de apoio, ou um problema!


Se você está vivendo uma situação infeliz, mas ela ainda te proporciona dizer que “pelo menos tem um emprego, um cônjuge para não ficar só", ao invés de reconhecer que não está feliz no trabalho, ou com relacionamento, essas afirmações “conformistas” que giram em torno do “pelo menos eu tenho” causam a sensação de pertencer a algo/lugar, provocando um “falso conforto” que faz sempre ser “questionável” ou “duvidosa” as outras possibilidades de transformar a sua situação em algo melhor.

“Afinal, o que pode ser tão pior do que sentir que não pertence a lugar nenhum? Ou em outras palavras, enxergar os medos que você tanto nega e que incubam sua evolução?"

O problema gira em torno do “medo” de que ao escolher mudar a realidade: ficará só! Porém, no começo é completamente normal sentir-se um pouco distante e só, ao tomar decisões diferentes do que a maioria das pessoas do seu convívio. Mas isso não necessariamente significa ser algo ruim; é você assumindo a responsabilidade pela sua vida e buscando se habituar às mudanças, seja: término do relacionamento, novo emprego, mudança de cidade etc.

“Mas e se eu não me sentir pertencente ao lugar novo?”

Comece por você!  Como dito anteriormente, a necessidade de pertencer também pode ser um ponto de apoio. E esse apoio deve partir de dois lados:


1) O verdadeiro pertencimento é algo que você deve carregar dentro de ti. Quando você compreender que ser quem realmente é; ser fiel aos seus sentimentos e aceitar suas vulnerabilidades é sua maior fortaleza, notará que tudo isso já é seu, somente seu. Tudo o que você é pertence somente a você!


2) E com relação aos ambientes e grupos, esses contextos sempre farão você acreditar que não tem opção melhor, mas acredite, você tem.

Todos têm outras opções, é só procurar que todos encontrarão a melhor que se encaixa na sua realidade e necessidade”

Observe o quão importante é o hábito de analisar como nos sentimos para assim sermos capazes de compreender como iniciar ou encerrar ciclos na vida.

Então retornando para a pergunta do início: o que faz uma pessoa permanecer dentro de uma realidade mesmo quando não há mais felicidade?


É a falta de autoconhecimento; é a busca por pertencer aos lugares que te deixam infeliz, que não te aceitam como é; é a falta de reconhecimento de que essa sensação de pertencer é tóxica, pois não te permite crescer, apenas estagna e faz viver um dia após o outro, na arriscada esperança de que as coisas melhorem sozinhas ou projeta essa responsabilidade nas outras pessoas. Sendo assim...

“...qual o sentido de continuar igual se tudo vai mal?”

Enquanto a doença, o medo e outras limitações te afastarem de assumir a responsabilidade pela própria felicidade, a infelicidade causada pelo emprego que não gosta, o relacionamento que não te satisfaz e os sonhos que estão na gaveta não parecerão ser infelicidade... apenas coisas que você continuará afastando da sua consciência para não se frustrar ainda mais.


Na vida, todo crescimento será acompanhado de desafios. Por isso, tenha coragem de crescer e reconhecer que aceitar as dificuldades e enfrentá-las vai te poupar mais energia do que negar suas infelicidades.


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1 comentário


Bruno Job
Bruno Job
14 de set. de 2024

A pergunta: "qual a necessidade de continuar igual..." foi a isca que me agarrou. Seus textos sempre me pegam em algumas perguntas chave. Parabéns pelo texto e obrigado por me proporcionar esta leitura!

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Beatriz Job

Psicóloga para entender o comportamento humano. Psicanalista para desvendar os mistérios do Inconsciente. E Escritora para descrever as linguagens da mente, do coração e da alma.

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